terça-feira, 18 de agosto de 2015

"Desculpa"



Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de me inventar de novo.
Desculpa, desculpa se te olho profundamente, rente à pele, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.


CARPINEJAR, Fábricio

domingo, 16 de agosto de 2015

Água que no has de beber, dejala correr...

Deixa, às vezes erro o tom



Ainda ontem sonhei com você, vi a resposta depois me esqueci.

Você não sabe dizer que não quer, mas não responde dizendo que sim... Eu não entendo minha própria fé, acreditar no que você me diz... Sabe moreno, pensei em você, logo depois tive medo de mim.